quarta-feira, 9 de junho de 2010

Estrela Solitária


Foram-se os gritos duma rubra hegemonia
Ferida fica pela ponta de uma estrela
Cantada em verso, prosa e melodia
A epopéia da vitória  “vira a mesa”


Explosão cinza fê-se no Maracanã
Ardente grito com flor de hortelã
O definhar do urubu que se prostrou
Ficou no tri o no pretérito findou


A quase incólume vitória, imaculada
Pensavam certos rubro-negros confiantes
“el loko”, gritam cegos neste frenesi
Esfera em rede abalando tais barbantes


Já no epílogo do prélio que viria
Um susto cala o brado cinza do lugar
Mas todo império cego tende a ruir
Foi o arqueiro pra esfera desviar


Ergueu-se a flâmula e canta o torcedor
Gritaram como quem sentissem uma dor
Provaram fria a sopa densa da revanche
Cai fogo e cinza no “império do amor”


Já crepitava na fogueira o frango preto
Inconformado soluçava o torcedor
Pois no  minuto derradeiro da partida
O flamenguista já veria o vencedor


Foi-se o riso da imensa ave negra
Fulgura o brilho da estrela solitária
- Queimem bandeiras rubro-negros desolados!
Fina vitória é sempre extraordinária




Marcos Lobisomem
  

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